A Tulipa e o Rouxinol

Era uma vez uma tulipa, mas não era uma tulipa qualquer! Era uma tulipa diferente, uma tulipa nova e mais bela do que as outras.

A Tulipa tinha os olhos verdes, pétalas azuis que encantavam os animais e as plantas, e quando ela abria as pétalas revelava um cristal que iluminava a floresta toda.

Os olhos da tulipa estavam cheios de lágrimas, era belo o seu rosto batido pelo luar o que o fez Rouxinol sentir-se cheio de compaixão.

-Quem és tu? -perguntou o Rouxinol.

-Sou a Tulipa.

-Porque choras então?

-Estou farta de ver a miséria desta floresta mas eu estou presa á terra e não consigo sair daqui.

-Podes ajudar-me querido Rouxinol?

– Claro!

Lá longe estava um veado que se tinha perdido dos seus pais. E estava com a face magra e negra porque estava muito triste, e como ainda era muito pequeno não sabia alimentar-se muito bem.

Estava com lágrimas a cair no chão. Já os seus pais andavam pela floresta a perguntar ás plantas e aos animais se o tinham visto, mas todos diziam que não o viram.

Ninguém sabia que o pobre veado estava num local deserto sem nenhum animal ou planta.

Os pais choravam… e o filho também…

-Rouxinol, estás a ver um filhote de veado?

– Sim.

-Podes guia-lo até aos seus pais?

-Ok.

O rouxinol sobrevoou a floresta que encontrou-o.

-Veado.

-Diz.

-Eu sei onde estão os teus pais.

-Serio?

-Sim.

-Podes guiar-me até eles?

-Sim, é o que vim aqui fazer.

O veado seguiu o rouxinol e viu os seus pais.

-Mamã, papá! – gritou ele.

– Eles estão tão felizes. – disse o rouxinol numa voz baixa e musical.

Eles foram embora com alegria, mas depois de algum tempo o rouxinol,  perguntou á tulipa:

-De onde vens?

-Eu venho de uma caverna muito distante perto da casa do besouro eletricista (para entender veja a historia do besouro eletricista)

-Ah sim… então moras perto da casa dele, bom eu sei onde é a casa dele, não te preocupes. Mas se vens duma caverna como estavas na terra?

-As minhas sementes foram criadas por um cientista, para iluminar as cavernas mais escuras. Mas a minha semente caiu na relva, eu não sei como é que eu já tenho 2 meses, uma vez que a minha espécie em terra dura no máximo 3 dias. Nas cavernas eu posso viver mais tempo… uns 3327 anos (mais coisa, menos coisa).

– 3327 anos ?!

-Exato, mas existem pouquíssimos integrantes da minha espécie e só posso me reproduzir quando morrer, já que o meu cristal explode.

Depois de muita conversa eles chegaram. Mas a caverna estava vazia na entrada.

-Devem estar naquela mina abandonada nesta caverna…

-Que mina? E como tu sabes disso

-Através da minha amiga, a Joana.

-Quem é a Joana?

-É uma Joaninha amarela.

-Ok, mas temos de ir rápido, sinto o teu cristal prestes a explodir

Depois de muito estresse e viajem, eles conseguiram chegar à mina. Lá encontraram um coelho branco como a neve. Pediram-lhe que escavasse rapidamente um buraco entre as pedras. Tinham de ser muito rápidos, senão o cristal iria explodir… Tinham de arranjar um lugar seguro dentro da mina para a Tulipa sobreviver.

O coelho, muito rapidamente pôs as patas em ação, e abriu um buraco entre aquelas pedras frágeis que existiam perto da entrada da mina. Um lugar escuro, mas não tão escuro que os amigos da Tulipa não a pudessem ir visitar.

Apesar da mina ser um lugar distante, o Rouxinol visita a Tulipa todos os dias, e até já levou lá a sua família para conhecerem a Tulipa.

Nas visitas do Rouxinol à Tulipa, eles passam horas e horas a conversar… O Rouxinol conta à Tulipa todas as novidades da floresta e dos seus pequenos filhotes…

A tulipa, sabe que o rouxinol não é para sempre, mas morto ou vivo, eles estarão sempre no coração um do outro…